TURISMO AÉREO - Episódio 01 (Cristo Redentor)

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Lá em cima, no topo do Corcovado — 710 metros de pura altitude, literalmente no meio do Parque Nacional da Tijuca — o Cristo Redentor tá lá, de braços abertos, meio que dizendo “chega mais, Rio”, todo dia. O bicho foi inaugurado em 12 de outubro de 1931 (data clássica, né?), e virou aquele cartão-postal que até quem nunca pisou no Brasil reconhece de longe. Dois milhões de visitas por ano, fácil. Não dá pra negar: ele virou o resumo visual perfeito daquela mistura doida que é o Rio — mata enfiada na cidade, montanha e mar trocando ideia, silêncio e festa, tudo junto.

A ideia de meter uma estátua religiosa lá em cima não é de agora, não, surgiu no finzinho do século XIX, mas enrolaram um tempão pra tirar do papel. Só no clima dos anos 1920, com galera botando dinheiro — fiel, associação, empresa, todo mundo ajudou — é que o projeto andou. O engenheiro Heitor da Silva Costa comandou, o desenho ficou com o Carlos Oswald, e o francês Paul Landowski modelou a figura. Aliás, o lance estrutural foi ousado pra época: concreto armado, coisa fina, pra aguentar o vento cabuloso e as maluquices do clima lá em cima. Obra rolou de 1926 até 1931, custou uns 2.500 contos de réis (hoje isso daria uns R$ 9,5 milhões — não é troco de pão, não).

O estilo é Art Déco, bem na vibe da época, e impõe respeito: linhas limpas, o gesto super claro, imponente. São 38 metros de altura — 30 só do “Cristo” em si, mais 8 do pedestal — e 28 metros de mão a mão. Por dentro, um quebra-cabeça de concreto e aço segurando o tranco; por fora, milhões de pedacinhos de pedra-sabão colados um a um, formando um mosaico que, olha, resiste ao tempo e ainda deixa a luz bater bonito. Tem um detalhe sensacional: as voluntárias que colaram as plaquetas escreviam o nome no verso de várias delas. Imagina? Tem nome de gente escondido ali até hoje, tipo assinatura secreta.

Chegar lá já é meio aventura. O Trem do Corcovado — esse já existe desde o século XIX, olha só — sobe rasgando a mata atlântica desde o Cosme Velho. Cada curva, uma paisagem diferente: um pedaço de cidade aqui, um tantinho de floresta ali. Dá pra subir de van oficial a partir das Paineiras, cortando caminho pra quem não tá a fim de trilha. Elevador panorâmico, escada rolante, acesso pra todo mundo — até vovó dá conta de chegar lá em cima. E sim, claro, tem os roots que preferem subir a pé.

Chegando no terraço, é aquele tapa visual: 360 graus de Rio. Baía de Guanabara, Pão de Açúcar meio de fundo, Lagoa Rodrigo de Freitas cercada de bairro e parque, o Maracanã, Copacabana, Ipanema, o Jardim Botânico todo verdão, e a montanha abraçando tudo. Não tem igual.

O Cristo foi juntando significado com o tempo. Hoje é parada obrigatória de turista do mundo inteiro, mas também é santuário católico — tem capela dedicada à Nossa Senhora Aparecida dentro do pedestal, onde rolam missa, casamento, batizado. É símbolo da cidade, patrimônio cultural: em 2007 virou uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo (chupa, Torre Eiffel), e em 2012 entrou pra lista da UNESCO no rol “Paisagem Cultural Carioca entre a Montanha e o Mar”. Sério, não é só a estátua. É o combo engenharia, arte e natureza dando match total.

Manter aquilo tudo de pé dá trabalho, viu. Lá no alto, o tempo não perdoa: vento forte, chuva braba, raio caindo direto. Tem equipe técnica que vive de olho: troca plaqueta, reforça para-raio, cuida da iluminação. Já rolou de tempestade arrancar dedo do Cristo, pedaço de revestimento — sempre tem alguém correndo pra consertar e deixar igualzinho ao original.

E o Cristo meio que conversa com o Rio de hoje. Virou tela de projeção: luzes coloridas pra campanha de saúde, causa social, feriado, tudo vira pretexto pra dar uma mudada no visual e mandar recado pra cidade inteira. Nos esportes, festas públicas, lá tá ele no fundo, marcando presença nas fotos que bombam mundo afora. O povo sente, de verdade, uma ligação forte com aquela estátua.

No fim, o Cristo Redentor é mais do que ponto turístico. Ele virou ideia fixa: cidade que abraça e é abraçada, que se enxerga naquele jeitão de braços abertos. Pra quem chega, sinal de boas-vindas gigante. Pra quem vai embora, promessa de que um dia volta. E, olha, difícil não cair nesse clima.


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www.tremdocorcovado.rio e www.paineirascorcovado.com.br

 

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