TURISMO AÉREO - Episódio 03 (Abrolhos)
ASSISTA AO VÍDEO - https://youtu.be/KgamiqA_tR4
Abrolhos é tipo aquele segredo de pescador que todo mundo já ouviu, mas só acredita vendo. O próprio nome já chega na voadora: “Abre os olhos”! Era um aviso pra navegantes espertos, porque ali tem recife, banco de areia, um monte de parada escondida esperando o desavisado. Hoje? Irônico, virou paraíso de mergulhador, galera das aves, todo tipo de bicho-grilo que curte natureza selvagem. Fica lá no sul da Bahia, e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos — primeiro do Brasil, olha o pioneirismo — foi criado nos anos 80 e é administrado pelo ICMBio. Protege um pedaço de oceano que, sério, parece outro planeta: água quentinha, clarinha, coral com formatos que você só vê ali, tartaruga, peixe brilhando, céu lotado de ave marinha. É bicho pra todo lado.
A área do parque mesmo cobre o arquipélago e os recifes em volta, mas “Abrolhos” virou nome chique pra um baita pedaço da plataforma continental, entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo. Ali a mãe natureza exagerou: tem uns chapeirões (imagina cogumelo gigante de coral, só aqui, exclusivo do Brasil) subindo do fundo do mar, parece cenário de filme. Era isso que fazia navegante tremer na base, mas hoje faz mergulhador pirar, atravessando túnel, paredão, tudo coberto de coral, esponja, gorgônia, o escambau.
Quer saber quando ir? Se tua vibe é mergulhar com visibilidade top, vai no verão, de dezembro a março — água quente, claridade de cinema. Agora, se o teu barato é ver as baleias-jubarte dando show, mira o inverno e a primavera (julho a novembro), que elas aparecem por lá pra namorar e cuidar dos filhotes. É surreal, sério. Só que, né, cada dia o mar resolve fazer o próprio roteiro, então sempre vale checar a previsão antes.
O arquipélago tem várias ilhas: Santa Bárbara (tem farolzão), Siriba, Redonda, Sueste, Guarita… Mas desembarcar mesmo, só na Siriba, rolê guiado porque ali é berçário de ave. Nas outras, só olhar de longe, do barco mesmo. Melhor pros bichos, mais seguro pra galera. E, debaixo d’água, é aquele carnaval: moreia, peixe-anjo, budião colorido, arraia, lagosta, tartaruga-verde… Se der sorte, vê até cardume de xaréu passando igual flecha. Pra mergulhador certificado, os chapeirões são tipo nirvana. Pra galera do snorkel, tem piscina natural cheia de vida.
Pra chegar, Caravelas é a base clássica. Cidade pequena, vibe tranquila, cheirinho de mar. Fica a uns 870 km de Salvador, 230 e pouco de Porto Seguro. Também sai barco de Prado, Alcobaça e, de vez em quando, Nova Viçosa. A travessia dura de 3 a 5 horas, depende do humor do mar. Dá pra fazer bate-volta, mas o povo pira mesmo é no tal do liveaboard — dormir no barco, mergulhar cedo, ver o sol nascendo dourado. Ah, e como é parque nacional, tem regra pra tudo: vai com operadora credenciada, que resolve burocracia, taxa, autorização.
Agora, uns toques de sobrevivência:
• Protetor solar biodegradável, chapéu, óculos, camisa UV — o sol ali bate sem dó.
• Enjoa fácil? Leva Dramim, ou o remédio que teu médico indicar. O mar balança, não tem choro.
• Garrafa reutilizável pra hidratar, nada de plástico descartável. Planeta agradece.
• Não encosta em coral, não chega junto dos bichos, se controla aí — entusiasmo não é desculpa pra virar problema.
• Se for tirar foto, filtro vermelho ou luz suave ajuda nas cores debaixo d’água, polarizador deixa o azul da superfície ainda mais hypado.
• Mergulhador, confere lastro e flutuabilidade antes de cair na água, não vai querer virar vilão dos corais.
E fora do mar? Tem história. O farolzão de Santa Bárbara parece coisa de filme de pirata, lembra tempo de navegação na raça, carta náutica furada. Em terra firme, Caravelas tem casario colorido, igreja antiga, tudo no ritmo de cidade pequena. E a comida? Ah… moqueca, bobó, peixe na brasa e farofinha de dendê. Fecha o dia com prato fumegante e aquela brisa salgada batendo na cara.
Hospedagem? Em Caravelas e Prado rola pousada simples, cama boa, café da manhã reforçado. Se for no esquema bate-volta, planeja duas noites pelo menos: uma pra chegar, outra pra descansar na volta. No liveaboard, checa a cabine, segurança, oxigênio, kit de primeiros socorros e como o barco lida com lixo.
E ó, sustentabilidade aqui não é detalhe, é regra. Abrolhos é tipo laboratório vivo da ciência, berçário de bicho que sustenta pesca artesanal e mantém o mar saudável. Não vacila.
E não se esqueça!
Está procurando imagens aéreas?
A B Roll tem o maior, melhor e mais barato acervo aéreo do Brasil
Faça já a sua assinatura!