Episódio 05 - Arquipélago de Mariuá / AM

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No meio do Rio Negro, lá em Barcelos, Mariuá aparece como um quebra-cabeça gigante de água escura e areia quase brilhante. Já ouvi dizer que é o maior arquipélago fluvial do mundo todo, acredita? É ilhas, lagos, paranás e igapós pra tudo que é lado, tipo um mosaico que muda de cara conforme o rio sobe ou desce. Quando enche, parece que a floresta vira um aquário: tem tronco, galho e copa servindo de casa pra filhote de peixe, inseto e ave que adora pescar. Na seca, surgem umas praias que somem do nada, igual miragem, e aí o povo ribeirinho, pescador e turista se joga atrás de um pouco de sossego ou só pra ver o horizonte mesmo.


Aqui, a vida segue o ritmo do rio, tipo um calendário de água. Tucunaré manda na temporada de pesca esportiva, pirarucu impõe respeito na época de proteção. Os barcos de linha parados na beira viram mercearia flutuante, e as voadeiras passam voando por corredores de sombra entre buritis e igarapés, onde o boto-cor-de-rosa solta aquele suspiro que parece relógio natural. Nessas águas negras, cheias de tanino e sem quase nada de sedimento, a galera que mora ali é fora do comum: peixe colorido de todo jeito, tartaruga discreta, jaçanã andando em cima da vitória-régia como se fosse normal.


Mariuá é um campo de batalha e laboratório ao mesmo tempo. Biólogo tá sempre de olho em berçário e rota de peixe, liderança comunitária pede regra pra botar ordem no turismo e proteger lago sensível, e o pessoal da pesca esportiva defende o pesque-e-solte e o controle do lixo – tem muito papo rolando. Ninguém esquece da seca pesada de 2023: canal secando, barco atolando, praia aparecendo antes da hora, fumaça de queimada deixando o céu do Rio Negro meio apagadão. O povo do rio vive dizendo: “O rio fala”, apontando marca nas pedras igual calendário e aviso.


Chegar em Mariuá é topar navegar sem GPS confiável. Mapa aqui é só palpite. O atalho tranquilo em julho vira enrosco em outubro. O guia local, então, conhece tudo só pelo cheiro da água e pelo jeito que a correnteza faz curva – coisa de outro mundo. Em Barcelos, a cidade respira no ritmo dos visitantes: pousada simples, mercado vendendo farinha e anzol junto, oficina consertando motor embaixo de árvore gigante. As voadeiras saem pra praias com nome que só faz sentido pra quem viu nascer e sumir junto com a cheia.


No meio desse encanto todo, Mariuá desafia geral a equilibrar o dinheiro do turismo e a floresta de pé. Tem manejo participativo, acordo de pesca, criançada aprendendo educação ambiental na escola da beira do rio. Mas o problema é grande: fiscalizar um labirinto que muda todo mês, fazer o dinheiro realmente chegar na comunidade, manter a água limpa e fugir de promessa furada. Proteger Mariuá não é deixar tudo parado, é manter o ritmo que faz tudo nascer e sumir por lá – tipo um acordo com o tempo do rio, que sempre manda no compasso de quem vive, pesquisa ou só se deixa levar por esse pedaço absurdo da Amazônia.


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